sábado, 6 de julho de 2013

Inveja

Não sei vocês, mas eu morro de inveja das pessoas. Eu queria ser um pedaço de cada pessoa interessante que conheço.

Queria ter a loucura da Tati Bernardi. A inteligência da Juliana Cunha. O romantismo da Patricia Corso. A safadeza do Paulo Bono. A intensidade da Adriana Calcanhotto. Ser piegas como a Verônica Heiss. Ter a malandragem inteligente do João Arthur. E, principalmente, a sensatez do Petrônio MedeirosEssas pessoas me encantam e eu as odeio por nunca conseguir ser metade do que elas são. No fim, sou somente eu, com toda a minha preguiça.

Recordo a infância e lembro que nunca soube responder a simples pergunta: o que você quer ser quando crescer? Não deviam fazer uma pergunta tão complexa a uma criança que acredita em fada do dente e papai noel. Não deviam deixar um adolescente de dezessete anos, que acredita que aos trinta estará rico e bem de vida, escolher sobre o que quer fazer pro resto da vida. Eu tenho vinte e cinco anos e ainda não sei o que quero fazer na vida! (E não, eu não me orgulho disso!)

Lembro-me da sensação que tinha ao ser questionada por uma simples e avassaladora pergunta como essa: Me sentia impotente. Tenho o mesmo medo que tinha, aos cinco anos de idade, e ainda continuo sem saber a resposta.

O que eu quero ser? Mas, isso é tão difícil! Como uma pessoa indecisiva e movida por momentos  pode saber o que quer ser? Eu não sei e talvez nunca saiba.

Acontece sempre do mesmo jeito, a vida me leva e eu vou como um covarde que não sabe se impor. A vida diz faça e eu faço, como um robô programado que só sabe seguir os comandos impostos a ele. E eu sempre acho que sofro do mal da humanidade: Déficit de Atenção.

Queria ser muito inteligente. Falar outro idioma. Saber o que quero fazer da vida. Tocar algum instrumento. Cantar. Compor. No entanto, vivo de começos e nunca levo nada adiante.